Conhecido como o café mais antigo de Lisboa, o café "Martinho da Arcada" foi inaugurado em 1782, em pleno Terreiro do Paço.Abriu portas como "Casa da Neve", uma vez que, o seu proprietário à data (Martinho Bartolomeu Rodrigues) era contratador oficial do gelo da cidade de Lisboa.Depois de vários denominações, o "Café Martinho" só em 1945 passou a chamar-se "Café Martinho da Arcada", para que não se confundisse com, o recentemente inaugurado, "Café Martinho" do Largo Camões.Cliente habitual de cafés, Pessoa utilizava o "Martinho da Arcada" como se de um escritório se tratasse.Todos os dias, por volta das sete da noite, o poeta rumava àquele espaço e sentava-se religiosamente na mesma mesa de mármore. De seguida, espalhava uma série de papéis que trazia arrumados numa pasta e permanecia horas a fio a escrever.A mesa de mármore mantém-se no mesmo local do café, bem como o chapéu que o poeta tirava antes de se sentar e guardar no bengaleiro.Fernando Pessoa, imortalizou o "Café Martinho da Arcada" nesta estrofe dedicada ao poeta do orpheu, Mário de Sá Carneiro."É como se esperasse eternamente.A tua vinda certa e combinadaAí em baixo, no Café Arcada -Quase no extremo desse continente."Sá Carneiro - Fernando Pessoa
"É como se esperasse eternamente
ResponderEliminarA tua vinda certa e combinada
Aí em baixo, no Café Arcada -
Quase no extremo deste continente."
O autor é mesmo Pessoa, e não Mário de Sá-Carneiro. A quadra faz parte de um poema de Fernando Pessoa intitulado "Sá-Carneiro" que ele dedicou ao seu amigo aquando da sua morte.
Muito obrigada pela correcção. O livro que consultei induziu-me em erro. Vou verificar e fazer as alterações necessárias.
EliminarDe nada. Abraço!
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